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Cada genótipo de Cannabis apresenta um perfil químico característico que define o tipo químico (quimiotipo) da planta em questão. Além de influenciar o teor dos canabinoides majoritários, como CBD, Δ9-THC, CBG, entre outros, a genética da planta tem grande influência na presença e concentração de canabinoides minoritários, como canabicromeno (CBC), canabidivarina (CBDV), canabinol (CBN) e outros que são importantes para a atividade farmacológica (efeito entourage). A escolha por produzir óleos com perfil químico característico de cada genética permite uma maior padronização de canabinoides no produto final.
De forma pioneira, a APEPI passou a produzir os óleos por genéticas, acreditando ser um diferencial para que pacientes e médicos tenham acesso ao óleo que melhor se adeque as suas necessidades. Desta maneira, cada óleo dispensado é feito a partir de determinadas genéticas, sem mistura de plantas, a fim de preservar ao máximo a característica de cada quimiotipo.
Na imagem abaixo, veja os óleos produzidos pela APEPI e suas respectivas dosagens-frasco.
Disponível em dezembro
1,17 mg/CBD por gota
0,28mg/THC por gota
0,28mg/THC por gota
0,82mg/CBG por gota
O processo de extração dos canabinoides é feito por meio hidroalcoólico, utilizando o álcool de cereais como agente extrator. Após o processo de extração, os extratos são descarboxilados a baixas temperaturas para evitar produtos de degradação e perda de substâncias voláteis como os terpenos. O extrato obtido é encaminhado para análise de seu perfil químico pela UNICAMP e para o cálculo de diluição, com o objetivo de padronizar a dosagem estipulada para cada frasco. Ao final, o óleo preparado é submetido ao controle de qualidade pela própria UNICAMP.
Confira o processo no fluxograma abaixo:
Figura 1 – Laudo de análise de um lote de extrato da genética Doctor (Alto CBD).
Figura 2 – Laudo de análise de um lote de óleo da genética Doctor (Alto CBD) .
Nossa equipe de farmacêuticos está à disposição para oferecer suporte técnico sobre os óleos medicinais da APEPI. Entre em contato com o setor de Atenção Farmacêutica/Farmacovigilância da APEPI via WhatsApp (21) 99117-2625.
A dispensação dos óleos é para associados da APEPI mediante receituário médico, visto que a liminar que autoriza o plantio pela APEPI prevê que a dispensação dos óleos seja feita somente para associados. Para tornar-se um associado, é necessário realizar um cadastro e fazer uma contribuição anual. O valor da anuidade não comporta devolução parcial ou total. Para maiores informações entre em contato via WhatsApp (21) 99117-2625.
Devido à ausência de fiscalização dos órgãos regulatórios nos receituários de Cannabis, cada associação acaba por adotar um padrão interno específico para que a prescrição seja aceita. No entanto, como uma associação de apoio à pacientes, acreditamos que garantir o acesso ao óleo é tão importante quanto garantir que o mesmo esteja sendo utilizado sob correta supervisão profissional. Na APEPI, visando a garantia de que nossos pacientes estejam sendo acompanhados por profissionais prescritores adotamos as regras referentes aos Receituários de Controle Especial da Lista C (RCE).
Identificação do Emitente: Nome do profissional com inscrição no Conselho Regional e respectiva sigla da unidade federativa; nome da instituição; endereço completo e telefone.
Data de Emissão: É importante que a receita do paciente esteja atualizada a cada seis meses. A APEPI se incumbirá de informar ao paciente que solicitar a dispensação do óleo sobre a necessidade de nova avaliação e/ou renovação de receita médica.
Identificação do usuário: Nome completo do paciente.
Identificação da substância: O prescritor pode optar por informar a genética específica da qual deseja prescrever ou apenas informar o tipo de óleo.
Exemplo: Óleo de Cannabis com alto teor de CBD.
Caso a receita contenha apenas as informações sobre o tipo de óleo prescrito, será fornecido o óleo correspondente. É necessário informar a dosagem do frasco (consultar tópico óleos da APEPI) e a posologia prescrita (n° de gotas).
Validade do receituário: Adotamos o padrão de seis meses de validade para os receituários, a partir da data de prescrição, sendo facultado ao paciente adquirir os óleos de acordo com sua disponibilidade, em um mesmo receituário (regra similar adotada para antibióticos de uso contínuo ou de Farmácia Popular). Caso o paciente seja orientado a retornar antes de seis meses, o prescritor deverá informar no receituário o prazo de validade do receituário, respeitando o prazo máximo de seis meses.
Não aceitamos receitas azul e/ou amarela, visto que, muitas vezes, o médico prescritor se refere ao produto industrializado obtido em farmácias. Para receitas digitais, a assinatura digital é imprescindível para garantir a autenticidade do documento.
Entre em contato com nossa equipe multidisciplinar do projeto APEPI Mais Médicos via grupo no WhatsApp clicando aqui.
