Apepi se torna a primeira fazenda legalizada para cultivo de cannabis do Rio

A sentença saiu na noite de ontem: 'Mais uma vitória'
Margarete Santos de Brito em meio aos pés de maconha plantados na fazenda no interior do Rio Foto: DANIEL RAMALHO

Foi nos últimos minutos de sexta-feira que saiu a sentença que Margarete Santos de Brito, fundadora da Associação de Apoio à Pesquisa e a Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi), tanto esperava. Ontem, às 23h53,  a Sede Campestre da Apepi — Fazenda Sofia Langenbach, em Paty do Alferes, no interior do Rio, foi autorizada a cultivar Cannabis para fins medicinais.

Leia mais sobre a Apepi: Mulher que conseguiu primeira autorização para cultivar maconha para uso medicinal em casa agora luta para legalizar plantação em fazenda.

Margarete Santos de Brito e o marido, Marcos Lins Langenbach Foto: DANIEL RAMALHO

No Instagram da associação, ela e o marido, o designer Marcos Langenbach, postaram a vitória. "Foi do jeitinho que precisávamos para que sigamos nos moldes da RDC 18, ou seja, farmácia viva".

Detalhe de planta na sede campestre da Apepi Foto: DANIEL RAMALHO

Fundada em 2013, foi apenas sete anos depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentou a fabricação e a venda de produtos para uso medicinal nas farmácias brasileiras pela Apepi. No entanto, recentemente, a liminar havia sido derrubada por um recurso da própria Anvisa. Desde então, a Apepi estava trabalhando sem respaldo ou segurança jurídica. "Mais uma vitória até aqui e por tudo isso queremos agradecer o Juiz, MPF, nosso a dvogado, nossos colaboradores e todos nossos Associados. A luta está só começando, viva as Associações!", finalizaram.

No fim de 2019, o casal adquiriu a propriedade, uma área rural de 600 mil metros quadrados, para cultivar maconha em escala suficiente para fornecer remédio para os 1.400 associados.